domingo, 14 de dezembro de 2008


É inevitável.

Olhar para o chão e não imaginar suas roupas espalhadas, misturando-se com as minhas poucas. Deitar na cama em que nós, possuídos por sabe-se-lá qual espírito, nos amamos louca e intensamente. E claro, sua boca ainda está em minha nuca, suas mãos em minhas pernas, e aquele calor arrematador me domina a cada recordação.

Mas continua inevitável.

Meu corpo inflama. Meu coração dispara. Você não aparece de madrugada para preencher o vazio.

E é inevitável.

Me arremate, me beije, me bate. Seus lábios bem traçados que entram em contraste com o sorriso simetricamente perfeito, seus dedos longos e cumpridos que me acariciam e brincam com o meu cabelo. Então agora me diz... como evitar? É impossível. Inevitável.

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