quarta-feira, 22 de abril de 2009

Oh meu amor, viver é todo sacrifício feito em seu nome.
Quanto mais desejo um beijo seu, muito mais eu vejo gosto em viver.
Por se exato, o amor não cabe em si.
Por ser encantado, o amor revela-se.
Por ser amor, invade e fim.


* Paixãozinha boba. Acorda-me todos os dias como hoje, meu amor.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

O que não foi, não é

Entender agora não ajudaria em nada.
Você apenas vai reviver alguns sofrimentos supostamente cicatrizados.

Evite olhar pra trás, meu amor.

Sua vida agora é correta; longe de mim.
Assim como você, de certo modo, sempre foi.
Longe de mim, claro. Não correto.

A nossa peça foi tirada de cartaz.
Mas não se preocupe, coração
As cortinas ainda estão abertas para o seu show

sábado, 18 de abril de 2009

Preste atenção e não acredite em tudo que ouve!
Nem sempre o mundo gira em torno da sua cabeça.

As malas no carro não são pra sua viagem; são pra minha partida.

Falar em partida, que tal mais uma rodada desse jogo?
É até interessante ver como manipulam você.

"Olhe por onde anda! Veja com quem fala! Cuidado com o que faz... "
Não lhe soa estranho, não é?
Um dia você aprende por conta própria.

Um soldado de chumbo de controle remoto.
A modernidade. Lê-se também falta de maturidade.

As coisas na caixa não são presentes.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Ouça!

Fixe seus olhos em mim e, apenas ouça.

Não precisa vir com muitas palavras, eu sei que são todas falsas. Venha apenas com o que você supõe ser de meu interesse.

Agarre-me pela cintura e puxe-me até você.
Traga seus lábios carnudos até meu pescoço e reze, meu querido, reze para me agradar. Use de seus mais avançados artifícios pra me conquistar.
Esforço nem sempre dá resultado, mas é sempre reconhecido.

Avance um pouco mais.
Saiba parar na hora que eu quiser.
E é bom saber obedecer aos meus comandos.

Não! Não venha me falar de sentimentalismo.
Suas falsas promessas já não me iludem.
Apenas o carnal (quase) me atrái.
Feche seu coração, meu querido. Você tem que aprender a abrir outra coisa...

Abrir a mente para ser mais completo ao meu gosto.
Ao meu desejo.
Pare de falar de você! Não me interessa o que você quer.
Só quero o que eu quero.

Tire meu ar se conseguir.
Force-me a assumir o quanto você melhorou.
Force-me a aceitar que, nessa relação, quem perdeu fui eu.

Tire meu ar!
Se conseguir...

João e Maria

Já não sobram unhas para roer. Não sobrou nada para se camuflar dos olhares. Todas as batalhas que haviam travado, até então, tinham sido inúteis. Pra quê tudo aquilo? Palavras trocadas brutalmente como se fossem uma luta de esgrima, e entre uma palavra e outra,
sempre haviam golpes (quase) mortais. Se perguntavam, mais uma vez, pra quê tudo aquilo? Não iam se resolver.

Ela precisava muito da sua ausência, mas queria sua presença. Uma situação realmente contraditória. Queria tê-lo ao lado nem que fosse pra passar o tempo. Brigando. Era isso que eles mais faziam; passar o tempo brigando. E como ela adorava aquela cara de cão aborrecido dele. Era melhor que ter orgasmos múltiplos.

Ele precisava muito da sua presença, mas queria muito sua ausência. Talvez fossem parecidos nas contradições. - Que ninguém nunca ousasse dizer que ambos se pareciam tanto. Queria tê-la ao lado para observar o modo com ela balançava as mãos, em gestos sublimes, mas com
uma brutalidade monstra. Era engraçado oberva-la gritando e se exaltando. Ele sempre estava certo. Bem, talvez ela estivesse também...

Ela birrava de um lado. Ele fechava a cara de outro.
Pensavam que talvez fosse melhor desistir daquela (nova) briga inútil e cada um seguir pra um lado.

Nunca conseguiam...
Indiscutível. Eram loucos um pelo outro.

domingo, 12 de abril de 2009

Leviatã

As pessoas temem muito a solidão.

Mal sabem elas que muitas vezes estão bem mais sozinhas do que
pensam. Se você tiver uma pessoa do seu lado, não necessáriamente você tem alguém ao seu lado.


Compreende?

Do mesmo modo que existem pessoas que existem, existem outras que simplismente
não existem. Diante da sociedade são seres meramente ilustrativos, ou seja, desporvidos de
existencia. É exatamente como acontece com as pessoas. Umas estão ao seu lado como figurante da sua história, e não daqueles figurantes que são importantes, tipo daqueles que levam café e passam o telefone para o protagonista, mas daqueles que compõe um elenco de 500 pessoas. Servem para encher linguiça.


Sem dúvidas, um ditado corretíssimo é o que diz que antes só do que mal acompanhado.

Nossa senhora, quem proferiu essas palavras era um gênio! Como pode existir algo mais completo para explicar tudo o que eu quero dizer nesse texto? É impossível.


As pessoas interpretam a falta de alguém do lado, como um Leviatã indestruitível. Até você achar alguém que o mate junto à você, é uma guerra longa e cansativa. Então, qualquer pessoa
aparentimente forte e corajosa, se junta para destruir o tão temido mostro. O prêmio é a conquista do coração do guerreiro. Mas, como em todas as históras, sempre existem os falsos heróis.


Nós deveriamos nos bastar tanto, que daí então poderiamos dar tranquilamente amor aos outros. Com isso, ao término de qualquer relação, os corações não iriam ficar vazios por falta de amor, afinal de contas já teríamos, e de sobra, nosso amor próprio.

Um enfeite ao lado da cama não garante um sono tranquilo.

quinta-feira, 9 de abril de 2009





Navegar é preciso. Viver não é preciso.














* Haha, só pra descontrair.

O mundo é meu

Lá fora estava um calor escaldante, assemelhava-se de fato com um inferno. Ao entrar em outro ambiente - é, exatamente no ambiente em que te encontrei - estava tudo gelado e, eu tinha a certeza de que iria te encontrar. Sabe-se lá qual motivo eu tinha para achar isso, mas estava quase certa de que iria acontecer. Pronto!
Mais uma vez meu sexto sentindo não falhou!
O que falhou foi minha certeza de como eu iria ficar quanto te visse. Eu achava que ia perder o chão, minha vontade de ir correndo te abraçar e nunca mais soltar ia ser incontrolável; não foi! Ao te ver, ali parado, eu tive a certeza de que o que eu ainda amo não é você, e sim o que você já representou na minha vida.
Eu não amo a pessoa que estava na minha frente, mas amo a que um dia esteve, mesmo você dizendo que ainda são a mesma pessoa.
É? Talvez até seja, mas minha ótica agora é diferente. Agora eu vejo que sempre precisei de mais do que você podia me dar, sempre precisei de alguém que suprisse as minhas necessidades, e claro que você sabia. Sabia mais do que ninguém o que eu sentia, o que eu pensava e até mesmo o que eu iria fazer.
Duvido que hoje ainda consiga me decifrar.
Mas os méritos não são esses. O fato é que hoje, mais do que todos os dias, eu vi o quanto eu consigo amadurecer e aprender com meus erros.
É um grande passo não precisar mais dos seus abraços, não sentir que nele existe o mundo.

O mundo é meu, e é de quem eu desejar que seja.


Ah! Fim de um livro.

domingo, 5 de abril de 2009

V E R B A L I Z E

Ultimamente eu tenho observado mais as pessoas e, sendo bem sincera, estou cada vez com mais medo delas.
O prazer do sofrimento alheio é incrível. O ato de lançar suposições no lugar de lançar verdades, de falar metaforicamente no lugar de ser direto, isso, acredite se quiser, faz uma diferença mostra. E já está se tornando um verdadeiro clichê o ato de se levantar, de esquecer e de continuar. Claro que isso faz parte do aprendizado e, apesar de doloroso, é importantíssimo.
Mas meus caros, isso está se tornando exaustivamente repetitivo. Um verdadeiro ciclo vicioso de Amar -> Tudo lindo -> Algunas decepções -> Uma decepção mór -> O fim -> Nunca mais quero amar ninguém.
Puta que pariu, acho que as pessoas mereciam muito mais do que essa bosta de ciclo irritante. Não que eu ache que todo relacionamento tenha que ser pra sempre. Jamais! Acho até de suma importância que exista o conhecimento de novas coisas, novas carnes, novas experiências.
O fato é que as pessoas estão tornando uma coisa tão sublime, em algo absurdamente descartável, algo que se encontra em qualquer esquina por aí.
E, desculpe a sinceridade, mas não é.
É claro que cada pessoa interpreta e sente os relacionamentos de maneiras diferentes, mas a grande questão que ainda incomoda demais, é a falta de objetividade. Ser objetivo e direto, por mais que doa rios, é a coisa mais correta a ser feita. Até porque isso evita estragos tamanhos tanto à quem é verdadeiro, quanto à quem ouve. Dá a sensação de que "foi canalha, mas foi honesto", sendo isso uma virtude admirável - em alguns casos, claro -.
Então, vamos evitar tantos arrudeios e ser diretos.

Verbalizar, expôr, falar... não mata, na maioria das vezes, pessoal!


* Especial pra você, amiga!

quarta-feira, 1 de abril de 2009

As palavras dele eram como música das boas para seus ouvidos. Era como ter a certeza de que ela, mais uma vez, estava certa. Bem no meio daquelas pessoas, ele tentava se explicar e falar. Pedia para que ela parasse de olhar para os lados e lhe dar atenção.

Ela ria!

Ria como se aquela declaração pública, nunca feita antes, fosse a coisa mais hiláriante do mundo.E como ela se esbaldava por rir da cara daquele cidadão. O dono de suas antigas lágrimas, de suas antigas noites perdidas ou ganhas, não importava mais.Ela agora não tinha mais lágrimas, não perdia nem ganhava noites. No lugar das lágrimas, sorria como uma criança que acabava de ganhar o melhor presente do mundo. E ele a fitava parado.No lugar de perder ou ganhar noites, ela só vivia intensamente cada uma delas, e não só as noites, mas também, e muito bem, os dias.

Ela ria!

Ele ficou impressionado com a capacidade de mudança daquela que ele julgava conhecer como a palma da sua mão. Não a reconhecia nos seus sorrisos irônicos. E isso, óbviamente, era com o que ela menos se importava. Queria mais era continuar a sorrir dele, pra ele, ou com ele, quem sabe. Tê-lo perto, naquele momento, era como uma terapia, e aqueles sorrisos um desabafo.

Ela ria!

Ele já não aguentava mais vê-la daquela forma tão sadia, tão bem e linda. Com certeza o que mais mexeu com ele foi vê-la tão deslumbrante, como nunca tinha visto. Aqueles cabelos, que antes eram perfumados com arômas cotidianos, agora eram perfumados por perfumes internacionais, dados talvez por outro rapaz. A cada brisa que batia, e ele sentia o novo arôma, ele pensava no quanto era triste por ter perdido aquela mulher... LOGO AQUELA mulher.

E ela... ela ria!

"E tantas águas rolaram..."

Houve até um tempo em que eu realmente achava normal acordar no meio da noite, sentar na cama e ficar pensando no que você supostamente estaria fazendo naquele momento, mesmo quase sabendo a resposta. Era como um hábito, sabe? Uma coisa que se tornou tão normal quanto escovar os dentes, ou simplismente como acordar.
Confesso que houve um tempo em que eu também achei normal ir dormir e acordar pensando em você e nas nossas coisas - nossa... se eu fosse contar o que eu achava normal até um tempo atrás...

Mas houve um dia lindo, pássaros cantando, mensagens ao celular - não suas, claro - e muito, MUITO bom humor, em que eu percebi o quanto perdia tempo com isso.
Pra quê pensar no que você está fazendo? Pra quê pensar se você acorda cedo, e vai dormir tarde? Pra quê? Me diga, sinceramente... Não tem explicação!
Então, mediante à uma coisa tão óbvia e clara, resolvi mudar. Evidente que a mudança não vem assim tão rápida, mas ela vai se tornando cada vez mais perceptível, cada vez mais sólida. Se solidifica tanto que é capaz até de viver sob ela.

E é o que estou fazendo, calma e pausadamente. Solidificando minha mudança, minha razão e meu amor próprio.

É... e eu ainda achava normal.


* Apenas um desabafo. Nada mais!