segunda-feira, 27 de julho de 2009

Bilhetinho

Não sei como aguento tanto tempo longe. Tanto tempo sem o seu abraço. Você me traz uma paz absurdamente grande, daquelas que só sinto entre seus braços. Não quero mais soltar sua mão, pois tenho plena convicção de que elas foram feitas para ficar sempre junto das minhas. Assim como você, sempre perto de mim. A cada momento que te encontro sinto que você me faz melhor, me faz mais feliz. Sem dúvidas, vivo a felicidade plena ao teu lado. Obrigada por tudo isso.

PS: Tô com muita, muita saudade.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Vou recolhendo minhas lembranças em uma caixa. Uma caixa onde caberia toda uma história.
Minhas coisas mais valiosas não coloquei na caixinha, embora ela seja linda. Coloquei-as num lugar mais seguro ainda. Onde eu prometi te guardar pra sempre - sou uma mulher de palavra.
Todos os lugares que visitamos, todas as cenas lindas que projetamos e todo o futuro sonhado, cabem perfeitamente no meu lugar; em mim! Tudo isso ficará guardado. Assim como você, que hoje em dia já não sou eu, mas ainda sim, é em mim.
Talvez não seja mais tão gostoso quanto nossa trufa de chocolate meio-amargo, mas continua doce. E nosso antigo romance segue como esses doces tão citados por nós. São altamente deliciosos, mas com o tempo vão fazendo enjoar. Daí voce para de come-los, mas não esquece jamais o gosto fantástico que eles tem. E em alguns casos, podem até se lembrar de como lhe causaram enjôos, noites mal dormidas, e vontade de nunca mais olha-los. Mas sempre, em todos os casos, eram maravilhosamente deliciosos.
Sendo assim, conto nossa história como um bombom que no começo foi muito, muito doce e deliciosamente perfeito, mas que depois de um tempo perdeu seu encanto.
Nós perdemos o encanto. Talvez tenhamos passado um pouco do ponto e, nos tornamos doces demais. E é por isso que guardo tudo na caixinha, assim como se guarda o resto dos bombons que sobram.
Sobrou amor, sobrou felicidade, faltou momentos certos.
Te guardo em mim, mesmo sabendo que já não existe nós.
Sinto o circo se fechando. Sinto-me sufocar a cada minuto que se passa.
Vejo todas as janelas abertas e, ainda assim, sinto-me presa. A luz do dia quer irradiar meu quarto, mas tudo que sinto vontade de fazer é fechar as cortinas. Não permitindo que, mais alguma coisa, invada meu espaço. Sinto vontade de fechar-me para tudo que vem de fora.
Não suporto mais ouvir os mesmos grunidos, as mesmas coisas sendo faladas. Eu silencio.
Silencio todas as minhas vontades, verdades e sentimentos. Às vezes ter amor próprio é mais difícil que perdoar. E perdoar-me eu já não consigo...
Exito mais uma vez!
Mais uma, entre tantas.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

As horas se tornam meu inimigo maior. E o pior é que ele é constante, não para de passar um só segundo. Tem aliados fortíssimos dentro da minha casa, cercando tudo ao meu redor. O relógio, por exemplo; esse é vive em função das horas. Tenho como evitá-lo, e o faço. Mas e a janela? Ah, essa expõe de todo modo, como o meu inimigo se desenha. Parece que tudo ao meu redor tomou um rumo diferente do esperado, deixando um ritmo não muito fácil de acompanhar. E você também faz parte disso... É, faz parte de tudo isso que me incomoda e, indiretamente, conspira contra minha paz interior. Afinal de contas, meu celular continua na mesa ao lado da cama, sempre ligado, sempre a esperar. Mas nada de você. E em mim, tudo de nós.
É engraçado como eu - depois de tudo - ainda acho muito lindo meus pés junto aos teus. Há uma diferença grotesca de tamanho, formato e essas coisas; mas ao mesmo tempo, parece que são parte de uma mesma pessoa. E nós, naquele momento, realmente éramos uma só pessoa.
Então, para esquecer todas essas lembranças de pés, mãos, corpos, sexos, eu tento esquecer. E rezo, intimamente, para que o tempo pare.
Mas não... ele continua frenético.
Daí em diante, ele têm se tornado um inimigo crucial.
Isso tudo fugiu do script do nosso filme. Ou apenas do meu.
Você costumava ser o refúgio; meu refúgio. E hoje?
Hoje o celular ainda está ligado. Ainda sem nenhuma ligação.