terça-feira, 14 de julho de 2009

Vou recolhendo minhas lembranças em uma caixa. Uma caixa onde caberia toda uma história.
Minhas coisas mais valiosas não coloquei na caixinha, embora ela seja linda. Coloquei-as num lugar mais seguro ainda. Onde eu prometi te guardar pra sempre - sou uma mulher de palavra.
Todos os lugares que visitamos, todas as cenas lindas que projetamos e todo o futuro sonhado, cabem perfeitamente no meu lugar; em mim! Tudo isso ficará guardado. Assim como você, que hoje em dia já não sou eu, mas ainda sim, é em mim.
Talvez não seja mais tão gostoso quanto nossa trufa de chocolate meio-amargo, mas continua doce. E nosso antigo romance segue como esses doces tão citados por nós. São altamente deliciosos, mas com o tempo vão fazendo enjoar. Daí voce para de come-los, mas não esquece jamais o gosto fantástico que eles tem. E em alguns casos, podem até se lembrar de como lhe causaram enjôos, noites mal dormidas, e vontade de nunca mais olha-los. Mas sempre, em todos os casos, eram maravilhosamente deliciosos.
Sendo assim, conto nossa história como um bombom que no começo foi muito, muito doce e deliciosamente perfeito, mas que depois de um tempo perdeu seu encanto.
Nós perdemos o encanto. Talvez tenhamos passado um pouco do ponto e, nos tornamos doces demais. E é por isso que guardo tudo na caixinha, assim como se guarda o resto dos bombons que sobram.
Sobrou amor, sobrou felicidade, faltou momentos certos.
Te guardo em mim, mesmo sabendo que já não existe nós.

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