quinta-feira, 28 de maio de 2009

Deixa a luz acesa, isso já não tem um significado específico.

Agora afaste-se mais de mim, não quero tanto contato.

Não precisa se preocupar com seu celular tocando, se for ela do outro lado, já não tem um significado específico.

O que eu quero de você, não é mais do que você dá pra ela.
Não preciso das suas ligações de madrugada, das suas flores, nemdeclarações - falsas - de amor. Talvez ela precise.
Então, atenda o celular. Conte-a mais uma mentira, invente mais uma reunião.
É de se esperar.

Esperar você, pra mim, já não tem um significado específico.

sábado, 23 de maio de 2009

"I can't belive you care..."

"I can't belive you care..."

Nesse exato momento parece que passou um furacão no meu mundo. Tanto as coisas dentro do meu quarto estão bagunçadas, quanto minhas ideias. Fico pensando que talvez o menos difícil seja arrumar as coisas dentro da minha cabeça, afinal, não preciso mover um músculo sequer. Mas daí já estaria entrando em outros méritos. O que de fato cabe agora é organizar-me. Interna e externamente. Essas obrigações me cansam! As cores já não me parecem tão vivas. Nem minha voz... Ah, essa - coitada -, já não dá pra caldo faz um tempinho. Quero certas coisas de volta. Alguém compreende? São João está chegando, pessoal. Minha vida amorosa se destrói geralmente por essa época. O interessante é que agora, eu não tenho vida amorosa. As minhas férias chegam, fico emocionada por poder largar essa porra de compromisso com o relógio! Mando ele à merda. Ando fazendo riscos no calendário esperando certas datas. Algumas eu espero hibernar, e outras, eu preciso estar mais lúcida para logo em seguida esquecer-me, claro que ao acordar. Esses riscos talvez me perturbem. Imagino se pintar bolinhas nas datas não ajudaria. É... quem sabe?! O fato é que preciso de certas coisas de volta. Existem pessoas que se fazem necessárias em minha vida e, infelizmente, não as vejo mais. Alguns perfumes e beijos também. Beijos ao acordar, beijos de bom dia e beijos de despedida. Alguns abraços apertados. Faltam pedaços; pedaços de cartas, pedaços de coração, pedaços. São vagamente preenchidos por coisas. COISAS, não pessoas! Quando as coisas acabam, faz-se mais um buraco e, lá vem outro pedaço que falta. Eu preciso de certas coisas de volta.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Canção aos céus

Fico olhando as estrelas e, lembro-me não com muita clareza, do tempo em que as coisas eram mais fáceis. A matemática era apenas umas contas de multiplicar, e não enormes equações. As pessoas eram tão mais fáceis, afinal, ou se gostava ou não. Eu tinha sua mão pra segurar. Tinha sua presença, sua ausência e seu sorriso luminoso. Não tenho imagens nítidas dele. Faz tanto tempo, não é? Tanto tempo que você deixou de sorrir para mim; deixou de sorrir para o mundo. Será que ligando os pontos das estrelas, eu consigo visualizar tudo aquilo que perdi? E se eu andar um pouco para o lado, vou conseguir te ver nitidamente andando daquele jeito desengonçado? Será? A única forma de comunicação com você é por meio das minhas cartas que leio em voz alta, na esperança de que você esteja presente em espírito e, quem sabe, ouça. Ou então, conversando com as estrelas. Se você não estiver lá, pelo menos elas me garantem contar à você tudo que nós conversamos. Espero que tenham dito da falta que você anda fazendo. Lembra que as coisas eram mais fáceis? Até as contas de matemática. Ligar para seu antigo número também não adianta muito, pois você não deixou nenhum recado na secretária eletronica para te ouvir repetir um 'oi, deixe seu recado após o sinal'. Está desligado. Assim como algumas coisas aqui! Será que a você se lembra que as coisas eram mais fáceis? As coisas eram mais fáceis, você estava aqui, nós éramos um casal - o casal -. É, dizem por aí que um dia passa, né? Você é um pedaço do céu em mim.

domingo, 17 de maio de 2009

Carta para você.

Um tanto clichê mandar cartinhas à moda antiga, não?! Mas é assim que eu consigo me expressar melhor. Enfrentar seus olhos esta sendo complicado ultimamente. Deixando de arrudeios, vamos à carta.

Naquele dia eu encontrei você com sua camisa verde e a calça que eu mais odeio e, claro, as havaianas. Eu, com meu vestido azul de bolinhas e, igualmente, havainas brancas. Seu comentário super idiota - porém o mais engraçado - e minha risada extremamente sincera. Pronto, nosso começo!As primeiras semanas de torpedos super fofinhos, horas ao telefone e saídas super esperadas. Pronto, nosso começo! Eu sei, eu sei que você deve estar dizendo "Ora, eu já sei toda nossa história, baby", mas é que me faz bem recordar. Tão bem quanto a primeira vez que você se despediu ao telefone dizendo "Te adoro, querida!". Daquele dia em diante a única coisa que mudou foi o verbo! A nossa proximidade é muito intensa. Intenso como só nós dois sabemos ser. Aquela música do Leoni que você colocou no carro, indo para sabe lá que festa de família, é realmente nossa cara. "Porque eles nunca tiveram, nem vão ter, nada como eu e você". Never, baby! Nunca como nossos olhares ao acordar, nunca como sua mão na minha cintura para todo lugar, nunca como os nossos planos, nunca como nossas risadas, nunca como nós. Never, never, never! Bem, e estamos superando - pelo menos eu espero - nossa primeira tempestade. Um passo já foi dado por nós, certo? Certo como o tamanho do meu amor por você e do seu amor por mim. Vamos deixar as infantilidades de lado, meu bem. Você, como homem maduro que é, vive me repetindo esta bendida frase. E claro, escrever bilhetes em buquês de flores sempre resolve! Agradeço fervorosamente por tudo isso. Não vamos nos perder. Não vamos perder a nossa vida, nossa verdade! És tudo de mais belo em mim. És a representação perfeita do que eu preciso para viver.

Beijos, my baby.
Espero você no nosso canto, do seu jeito.

Com amor,
a sua!

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Mulheres de Atenas.

Ela tinha rosas nas mãos, uma idéia na cabeça e um copo de cerveja na mesa. Ao lado do copo estava seu caderno de rabiscos e, sua inseparável caneta azulada. Tinha escrito umas quantas bobagens, uns versos e uns poemas idiotas para o garçon que paquerava enquanto tomava sua bebida. Rimava amor com dor, saudade com maldade, e essas coisas escrotas de uma bêbada pseudo escritora. Até que se deparou rabiscando, enquanto olhava pro nada, o nome de uma música; Mulheres de Atenas, de Chico Buarque era seu rabisco. Lembrou da letra. Pegou seu MPalgumacoisa, colocou os fones no ouvido, e a ouviu como nunca tinha feito antes.

" Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
Vivem pros seus maridos, orgulho e raça de Atenas
Quando amadas, se perfumam, se banham com leite, se arrumam..."

E parou para pensar que, séculos depois, as mulheres ainda são assim. Não importa o quão sejam modernas, feministas e afins, quando se apaixonam vivem para a pessoa amada. Não muda! Usam calça, votam, ganham mais do que os homens, algumas nem se casam, são mães solteiras, mas sempre, sempre tem um amor que faz com que elas mudem. E algumas até conseguem amar intensamente, e mesmo assim, ainda serem mulheres do século XXI.
Mas no fundo, ainda miram-se nas mulheres de Atenas.

- Ei, psiu... outra cerveja, por favor! - piscada.

domingo, 10 de maio de 2009

Quando você sentou ao meu lado ontem, abaixou a cabeça e falou algo muito baixo, eu te notei diferente. Não sei se tudo aquilo era medo de você não mais compreender meu temperamento, minhas crises e minhas saídas repentinas da sua vida; ou de apenas medo de perder você. Já estou tão acostumada com essa situação de nós dois sempre tão juntos, tão presentes um na vida do outro, que qualquer hipótese de tirarem isso de mim - e isso inclui você -, faz com que minha noite seja perdida, meu pensamento se disperse. E quando eu consegui me concentrar para realmente te ouvir, queria novamente perder a concentração. Algo aqui no meu mundo ficou muito quieto e silencioso. Talvez faltasse as buzinas do seu carro, suas inúmeras ligações e seu sorriso chamativo. Esses são os sons que me faltam. Hoje, agora e me faltaram por algum tempo.

Não ligo se você saiu com a calça que eu menos gosto.
Apenas em você ela ficava linda, mesmo não sendo.
Não ligo se você fez uma piada super sem graça sobre aquele assunto - é, aquele -, e ficou rindo por horas.
Apenas sua risada melhorava a situação, mesmo sendo tão patética.

Não sou tão menina de gelo, como você me diz.
Peço desculpas por nem sempre te devolver o sorriso, a palavra, o gesto.
Por nem sempre corresponder as suas espectativas. Ou apenas por ter medo.
Sinto falta dos seus sons.
De você.
De tudo!

* Um tímido eu te amo.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Um "quê" de quase amor

Nas minhas veias correm os sentimentos de ontem e os de hoje. O coração distribuí para cada parte do meu corpo o efeito da droga que você me impôs. É uma briga imensa entre todas as partes do meu corpo, exceto o cérebro, que me manda constantes informações de que você, meu bem, não vale mais a pena.

Enquanto meu corpo ferve por falar em seu nome, ver sua foto e ouvir sua voz, minha cabeça manda e grita, implora, quase que me ordena a tapar os ouvidos, soltar a foto e desligar o telefone!

Quem ouvir? A que instintos seguir?
Possuir cada parte do teu corpo é minha especialidade.
Mas, ao mesmo tempo, te tirar da minha rotina também é.

Você está em minhas veias, em minhas roupas, em minha respiração.

E é isso que faço... respiro!

O calendário me força a lembrar todas as nossas datas. São muitas...
Primeiro beijo, primeiro encontro, primeira dança, primeira festa, transa e primeiro fim.

Primeiro e último!

Formamos um casal eterno - você mesmo me fala isso ao pé do ouvido.

Você desliga o celular, e eu juro nunca mais telefonar pra você.
Você me retorna a ligação, eu recuso e nós dormimos mais ou menos felizes.

Felizes com a nossa condição.
Condição de um (eterno) casal (quase) perfeito!

terça-feira, 5 de maio de 2009

Primeira pessoa do plural

As janelas e portas continuam fechadas.
Olho e me pergunto quando vou ter coragem de abri-las novamente.
A chuva foi embora diante do meu pedido, e o sol agora me espera.

Exitem razões para eu querer sair.
Você é uma delas!

Seu hálito em minha nuca.
Sua nuca em minhas mãos.
Suas mãos em mim.

Ao acordar do teu lado, sinto-me capaz de enfrentar o mundo.
Mas ainda tenho medo de abrir minhas portas e janelas;

Você me diz: "Desprenda-se! Liberte-se de toda angústia!"

Ouço! Te sinto cada dia mais, mais e mais.

Seu cafuné antes de dormir, suas piadas sem graça e a mania de mexer no piercing.
Seus olhos verdes, suas unhas mal cortadas e suas palavras tão exatas quanto nosso momento.

E você me diz: "Desprenda-se! Liberte-se de toda angústia!"

Retirei as trancas das portas e janelas; cabe ao vento abri-las ou não.

Nos cabe!
Vos cabe!