quarta-feira, 20 de maio de 2009

Canção aos céus

Fico olhando as estrelas e, lembro-me não com muita clareza, do tempo em que as coisas eram mais fáceis. A matemática era apenas umas contas de multiplicar, e não enormes equações. As pessoas eram tão mais fáceis, afinal, ou se gostava ou não. Eu tinha sua mão pra segurar. Tinha sua presença, sua ausência e seu sorriso luminoso. Não tenho imagens nítidas dele. Faz tanto tempo, não é? Tanto tempo que você deixou de sorrir para mim; deixou de sorrir para o mundo. Será que ligando os pontos das estrelas, eu consigo visualizar tudo aquilo que perdi? E se eu andar um pouco para o lado, vou conseguir te ver nitidamente andando daquele jeito desengonçado? Será? A única forma de comunicação com você é por meio das minhas cartas que leio em voz alta, na esperança de que você esteja presente em espírito e, quem sabe, ouça. Ou então, conversando com as estrelas. Se você não estiver lá, pelo menos elas me garantem contar à você tudo que nós conversamos. Espero que tenham dito da falta que você anda fazendo. Lembra que as coisas eram mais fáceis? Até as contas de matemática. Ligar para seu antigo número também não adianta muito, pois você não deixou nenhum recado na secretária eletronica para te ouvir repetir um 'oi, deixe seu recado após o sinal'. Está desligado. Assim como algumas coisas aqui! Será que a você se lembra que as coisas eram mais fáceis? As coisas eram mais fáceis, você estava aqui, nós éramos um casal - o casal -. É, dizem por aí que um dia passa, né? Você é um pedaço do céu em mim.

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