- Vamos, não precisa ter medo de tudo isso. Não mordo, isso posso garantir.
Disse Adam, com as mãos estendidas para que ela o segurasse.
- Já está tarde, Adam. Se chegar depois do pôr-do-sol meus pais vão começar com as mesmas ladaínhas de sempre. "Você é muito nova para estar tanto tempo longe de casa e blá blá", bem sabe como eles são.
- Ao menos pegue minha mão.
E ele continuava com a mão estendida para que ela o tocasse. Ele precisava. Precisava mais que tudo levá-la para longe daquela multidão.
- Adam... Ér, eu...
- Vamos lá Lisa, por favor.
Ela estendeu a mão. Estendeu também a sua vontade de sair correndo com ele, e não importava mais pra onde seria. Queria apenas ir. Queria apenas Adam.
Continuaram andando um pouco, absurdamente sem graça. Quase não se encaravam, apenas andavam em meio aquelas crianças, balões e brinquedos do parque.
Ela nunca sentira medo de subir à moto dele, mas naquele momento ela estava. Não sabia se era medo, mas sentia algo estranho, inusitado. Mas foi; sua vontade era infinita, e sua curiosidade quase no mesmo nível.
- Se eu for mais rápido que aqueles carros, você sentirá medo?
- Claro que não. Não tenho medo de nada, esqueceu?
- Ui Senhora SemMedo. Vamos então... Quero te levar pra longe daqui.
- Pra onde?
- Só canta, gata.
- Haha.. Imbecil.
E eles saíram... Enquanto ele cantava aquela música que ela odiava, só para irritá-la, ela ia pensando no quanto gostava de estar na companhia de Adam, e em como estar abraçada à cintura dele, com o rosto colado em suas costas, faziam com que ela se sentisse estranhamente feliz. Nem ligou para música. Nem ligou para péssima voz do rapaz.
Continuação (...)
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