segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Eram fatos inquestionáveis. Não estavam mais juntos e era o ponto final. Tinha que se admitir que aquelas mãos já não eram dela, aquele abraço, aquele sorriso... não mais. Sentia-se como se tivessem arrancado as pálpebras de seus olhos, fazendo assim com que eles não mais se fechassem e, permanecessem abertos durante todas as noites, dias, noites e dias. Faltava um pequeno pedaço, apenas um pequeno momento. Faltava fechar os olhos. Faltava encontrar cada gota de suor, faltava arranhar, beijar, morder... faltava gritar, sentir, amar. Pensava que talvez fosse melhor desistir e procurar outra ocupação. E qual? Nem ela sabia - ou talvez não quisesse mesmo saber. Então, como não podia ser diferente, ela continuava de olhos abertos vivendo na tal rotina de alegrar seus olhos calejados com a velha utopia de sempre.

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